sábado, 7 de junho de 2008

mel não

mel
a escorrer
sobre meus lábios
é deus
em seu silencio,
em sua noite.

hoje
nessa igual noite
tenho que deixar-te
ir-me embora
de ti
para sempre.

mas
para sempre em mim,
no que aprendi
no que sofri
no que amei
no que morri.

nos símbolos
dos quais
aprendi a ler
e a designificar.

(o pretexto destas palavras
era o mel em meus lábios,
mas o fim, é sem você aqui,
em meu peito.)

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