sábado, 27 de março de 2010

fim relatado

febril
feliz
poemas os perdi
mas agora ponho-me aqui
sob luz branca amarelada
sob nada
sob casaco
sobre teclas
sozinho
em todo o sentido
sozinho
da palavra

só que as lágrimas
não me cabem agora
mas não,
eu não estou feliz
e há lágrimas aqui,
enquanto sou
humilhado
em mensagens instantâneas
distantes
chove incessante
e estou só.
deus,
nem niguém quis ficar
nem sob cordas
musicais
para onde eu quero ir
com este poema
para que lugar
para que dor
para que
clarão de memória
me explique.
aqui está:
- fim,
e chuva.