vou para a rua sozinho
encontrar teu nome em algum ladrilho
alguns passos bastam para
atravessar esta porta
entre eu e o mundo.
mundo;
leia-se ladrilhos
de uma rua escura.
algo de sombra e luz provindo de um poste
alaranjado e ofuscado,
mas é nos musgos e ranhuras
que encontrarei teu nome,
ou a surpresa
de luz de lua,
isto supriria a ausência tua
mesmo que eu não a recriasse
num porvir de ladrilho,
paralelepípedo mudo,
rachadura de muro,
ou mesmo sons de meus passos
entremeados secos
por um latido de cachorro
seco e bem longe,
e isto
já justificaria esta noite
vaga e distante.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
acaso
traga carta
notícia
telegrama
no vento
do que outrora
alento
era
sem dor alguma
pois as flores
trazem na bruma
o cheiro de
amar a tudo
algures
de cores
resquícios
de outono
se não fosse
primaveril
anil faz o céu
me chamaste agora
no fio do som
longe
de um telefonema
bem longe
corta a lágrima
seguro
digo sim
digo
não sei
quanto a atender
o que o acaso
fez
notícia
telegrama
no vento
do que outrora
alento
era
sem dor alguma
pois as flores
trazem na bruma
o cheiro de
amar a tudo
algures
de cores
resquícios
de outono
se não fosse
primaveril
anil faz o céu
me chamaste agora
no fio do som
longe
de um telefonema
bem longe
corta a lágrima
seguro
digo sim
digo
não sei
quanto a atender
o que o acaso
fez
domingo, 25 de setembro de 2011
em nós
foste.
ainda te amo
dizer que falta você me faz
não digo
não por orgulho
mas porque isto é obvio
devido a minha carência
e dependência emocional.
mas deixar
deixar
ram
ram
partir
no amor
mantra
de coisas boas e renascimento.
mas eu sempre estarei
em nós.
ainda te amo
dizer que falta você me faz
não digo
não por orgulho
mas porque isto é obvio
devido a minha carência
e dependência emocional.
mas deixar
deixar
ram
ram
partir
no amor
mantra
de coisas boas e renascimento.
mas eu sempre estarei
em nós.
sem fim
a quase manhã
ainda noite
ainda é promessa
de luz
embora na escuridão
haja sombra de luz
ponteiros parados
tempo infinito
mente no ar
o tempo parou
e lá fora
a geada produz seus sons
ainda noite
ainda é promessa
de luz
embora na escuridão
haja sombra de luz
ponteiros parados
tempo infinito
mente no ar
o tempo parou
e lá fora
a geada produz seus sons
terça-feira, 13 de setembro de 2011
vazio
no som
som do ar
som do silêncio
do sono
do que não lembro
do que relembrei
do que nem sei
que trocadilhos
preguiças
som parou
saudade mas vazio
forma não triste
imageticamente confuso
o texto faz supor
que algo acabou.
som do ar
som do silêncio
do sono
do que não lembro
do que relembrei
do que nem sei
que trocadilhos
preguiças
som parou
saudade mas vazio
forma não triste
imageticamente confuso
o texto faz supor
que algo acabou.
sábado, 10 de setembro de 2011
sons inevitáveis
televisor
barulho inevitável
desnecessário
abafado no som
do
televisor
dos cachorros
ladrando
abafado
pássaros
abafados
no som
do ar
do piu
nem posso escrever
o que me cabe
a mim
posto que no fim
sejam
abafados no som
televisor
piu
cães
e a voz feia
daquela menina
que lhe roubou
de mim.
barulho inevitável
desnecessário
abafado no som
do
televisor
dos cachorros
ladrando
abafado
pássaros
abafados
no som
do ar
do piu
nem posso escrever
o que me cabe
a mim
posto que no fim
sejam
abafados no som
televisor
piu
cães
e a voz feia
daquela menina
que lhe roubou
de mim.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
acessos
chamadas
vãos
acessos
pórticos invisíveis
luzes
entremeio
de sombras
são como brumas
de ondas
metafísicas
é tanta liberdade
que meus braços pedem
e despedaçam
em gesto
de abertura
algo como andorinha
e imensidão
oceânica
é tanta
que a página é pouca
e essas portas
e vãos
acabam por pedir
libertação
tanto na imagética
quanto na página.
vãos
acessos
pórticos invisíveis
luzes
entremeio
de sombras
são como brumas
de ondas
metafísicas
é tanta liberdade
que meus braços pedem
e despedaçam
em gesto
de abertura
algo como andorinha
e imensidão
oceânica
é tanta
que a página é pouca
e essas portas
e vãos
acabam por pedir
libertação
tanto na imagética
quanto na página.
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