as horas correm
voam
poderiam parar
pra eu te esperar
enquanto nao for
hora de partir
estou aqui
sobrevivemos frente
ao repente
das horas
avenidas
automóveis
horror humano
o fim está chegando
de maneira universal
e idiossincrática.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
planificação apoética
chuva cai
e anuvia
cai
anuvia
desiste
para
volta compacta
lava memórias
hoje é segunda-feira
e anuvia
cai
anuvia
desiste
para
volta compacta
lava memórias
hoje é segunda-feira
sábado, 26 de novembro de 2011
zen
pássaros
desanuviados
amarrotados
no canto alto
em grau sonoro
e também criativo
portanto escrevo isto
para reiterar o zen sufismo
do som que planifica a manhã.
desanuviados
amarrotados
no canto alto
em grau sonoro
e também criativo
portanto escrevo isto
para reiterar o zen sufismo
do som que planifica a manhã.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
lágrima prismática
quando
ainda era dia
e a porta se abria
e uma estrela sorria
quem brilharia
a não ser quem sorria
quando a porta se abria
e ainda era dia
posto que brilhasse muito
posto que não fosse estrela
posto que fosse vênus
refletido na lágrima
pictórica
pectoral
prismática
ainda era dia
e a porta se abria
e uma estrela sorria
quem brilharia
a não ser quem sorria
quando a porta se abria
e ainda era dia
posto que brilhasse muito
posto que não fosse estrela
posto que fosse vênus
refletido na lágrima
pictórica
pectoral
prismática
sábado, 19 de novembro de 2011
estrada
gonna cry
gonna die
por onde vais?
de onde vens
para onde
vamos
quando morrer.
morremos hoje,
amanhã,
ontem, sempre,
diariamente,
coloridamente
ou nesses monocromáticos
sonhos;
os meus têm cor.
a noite é negra,
solitária e sem dor.
ondas quebram
a milhas de distância de mim.
rapte-me
e me leve pra uma estrada
sem fim.
gonna die
por onde vais?
de onde vens
para onde
vamos
quando morrer.
morremos hoje,
amanhã,
ontem, sempre,
diariamente,
coloridamente
ou nesses monocromáticos
sonhos;
os meus têm cor.
a noite é negra,
solitária e sem dor.
ondas quebram
a milhas de distância de mim.
rapte-me
e me leve pra uma estrada
sem fim.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
lluvia
vem
te chamo
pelicula
aquática
à madrugada
vem a mim
à cidade
cais de porto
das palavras
amadeiradas
molhadas
ondas quebram
na escuridão
embrulham
no som
nos perdemos
então
cais de porto
abandonado
vem a mim
te chamo
sob ondas
aquáticas
e sonoras
te chamo
pelicula
aquática
à madrugada
vem a mim
à cidade
cais de porto
das palavras
amadeiradas
molhadas
ondas quebram
na escuridão
embrulham
no som
nos perdemos
então
cais de porto
abandonado
vem a mim
te chamo
sob ondas
aquáticas
e sonoras
belugas
belugas
são bichos órca
embora só brancas
acinzentadas
imensas
aquáticas
mamíferos
sonoros
distantes
e oceânicos
são bichos órca
embora só brancas
acinzentadas
imensas
aquáticas
mamíferos
sonoros
distantes
e oceânicos
sem adeus
quando ler
isto pode te fazer
rememorar
o que já foi
em três palavras
poderia
voltar
eu te amo
apenas
ou eu te amei
cairia bem
poemas não são carências
yung o disse
yung o disse que carências
não são poemas
nem tampouco ultrapassam escrita
enquanto legitimidade
linguística.
linguística perdeu o acento, acredito...
acredito que amar-te não te faria querer
embora lembrar-te o faria.
e é só isto que a mim importa.
hoje há lua? há estrelas? as nuvens a encobrem?
ela dorme, você comemora, eu só neste apartamento
alento
um pouco
em determinadas
palavras
sem adeus
isto pode te fazer
rememorar
o que já foi
em três palavras
poderia
voltar
eu te amo
apenas
ou eu te amei
cairia bem
poemas não são carências
yung o disse
yung o disse que carências
não são poemas
nem tampouco ultrapassam escrita
enquanto legitimidade
linguística.
linguística perdeu o acento, acredito...
acredito que amar-te não te faria querer
embora lembrar-te o faria.
e é só isto que a mim importa.
hoje há lua? há estrelas? as nuvens a encobrem?
ela dorme, você comemora, eu só neste apartamento
alento
um pouco
em determinadas
palavras
sem adeus
domingo, 13 de novembro de 2011
que chova
nas madrugadas de chuva
coisas se apagam
filtram na terra
umida
apagam-se
pra sempre
ou mesmo pra de repente
amanhã
quem sabe
mas que se apaguem
portanto que chova
e sucumba na umidade
que deixaste.
coisas se apagam
filtram na terra
umida
apagam-se
pra sempre
ou mesmo pra de repente
amanhã
quem sabe
mas que se apaguem
portanto que chova
e sucumba na umidade
que deixaste.
sábado, 12 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
mar, nós
queria mesmo
banho de mar
na noite a esmo
na lua a esmo
no esmo de nesga
de lua a brilhar
sobre céu dourado
só luar
inversão
as cores são
todas uma
trocam na lisergia
orgânica
que já há nos olhos
e nos corações
eu só queria
banho de mar
na escuridão
do mar e da noite
sob lua a brilhar
luar
luar
precisar de ti
nem preciso
mas quero
aquele brinde que faltou
sob mar
ondas
luares
e tudo o que fizeres
sem nem desejares.
banho de mar
na noite a esmo
na lua a esmo
no esmo de nesga
de lua a brilhar
sobre céu dourado
só luar
inversão
as cores são
todas uma
trocam na lisergia
orgânica
que já há nos olhos
e nos corações
eu só queria
banho de mar
na escuridão
do mar e da noite
sob lua a brilhar
luar
luar
precisar de ti
nem preciso
mas quero
aquele brinde que faltou
sob mar
ondas
luares
e tudo o que fizeres
sem nem desejares.
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