quinta-feira, 19 de agosto de 2010

palma sob rosa

perdão pela falta de métrica
do último poema.
digo, do último texto.
hoje veio um poema inteiro
nos olhos
no céu
numa palma
farfalhando
sob rosa caindo
em nuvens,
bois e fumaça
na estepe.
eu jamais conseguiria
transcrever
o texto do ar
para a página,
embora eu devesse apenas
agradecer por estar vivo
e ter fotografado
em centenas
de pixels
de retina
e de luz
a palma
sob rosa cálido
sobre cálido
coração.
por estar vivo
agradecer.
além de bois,
fumaças,
crianças do campo,
coisa bucólica,
melodia
de quando éramos felizes
ouço agorinha mesmo.

neste texto há certa desesperança.
perdoem a ausência de métrica.

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