terça-feira, 10 de agosto de 2010

lembrar

nunca se lembre de mim,
porque eu mesmo esquecerei.
os calmantes me farão esquecer
tanto de você, como de tudo.
as cordas gastas
nos acordes batidos
quando arrebentam
também se esqueceram.
que se esqueçam todos de mim
porque eu mesmo já não me lembro.
os cachorros ladram agora:
lembram-se do que sequer esqueceram.
para este texto não há fim
nunca se lembre de mim.

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