silhueta de gato negro negra
contra a luz-de-breu embora ácida da cidade
árvore primordial embora primária jabuticabeira
de carne roxa apodrecida apenas
mas a luz inexistente deste poema
-ausente de luz nunca, pintura,
diga-se, quase imagem, há a fotografia reescrita aqui-
neo realista e sem picturalidade.
-havia a necessidade desta palavra
em algum momento da vida
quando surgira esta imagem-
travessões janelas, retomar o leme
silhueta de gato negro negra
luzes alaranjadas a rebater na madrugada das edificações
das lajotas mornas por um sol
que passou
e eu precisaria ser tão mais claro
e esclarecer um devir que veio
como, não saberia explica-lo
mas tento
joinville atemporal
tempo parou
céu turvou
em breu imcompreensível.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
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